Notas soltas

Nota 1 - A Anta Pequena do Zambujeiro.
No topo do Cabeço, WNW da AGZ. Um Projecto integrado, com a paisagem em destaque, deveria provavelmente inclui-la. É uma anta pequena, com sete esteios e com a particularidade pouco frequente de ter um "átrio", a meio do corredor.
Dela, vêem-se, destacados, o Castelo do Giraldo, a Coroa do Frade, no horizonte ocidental, e Évora-Alto de S. Bento, no horizonte oriental...

Nota 2 - Desde as escavações do Leonor Pina que já se conhceiam indícios de uma reutilização da AGZ na 1ª Idade do Ferro. Destaca-se, neste contexto, uma curiosa placa de xisto com uma inscrição em escrita do Sudoeste acrescentada.
Na visita de ontem, observei um fragmento de bordo extrovertido, certamente daquela época (foto abaixo), nas terras da mamoa.
Estes dados ganham consistência, se considerarmos as descobertas ocorridas, nos últimos anos, na região: Tera, Monte das Flores, Belhoa, Barrocal, Hortinha 1, em que, de várias formas, se confirma o fenómeno.

Este tema é, aliás, um dos que podem enriquecer uma visita guiada (com apoio eventualmente de outros suportes) e que não são visíveis numa visita simples.



Nota 3 - Na superfície da mamoa da AGZ, precisamente no acesso, pelo lado Sul, ao topo da mamoa (onde a erosão provocada pelos visitantes é muito evidente), é visível um alinhamento de pedras que sugere uma construção escalonada da mamoa. À semelhança do que ocorre na maior parte dos monumentos do mesmo tipo que têm sido restaurados e sobre os quais existia algum tipo de informação conservada.Teríamos, assim, pelo menos um paramento exterior, funcionando como murete de contenção (ou mesmo um kerb) e outro paramento a meio, separando eventualmente o volume da mamoa que cobria o corredor de outro que cobria a câmara.Na verdade, creio recordar-me (mas não estou muito certo) de que no lado NW da mamoa foram identificados restos de kerb.

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